Ontem fiquei por muito tempo a observar um crepúsculo diferente de todos, violeta aberto em ogivas, nas quais eu via acumularem-se memórias e presságios. Eram portas abertas não só para a noite, mas para uma espécie de agonia universal. E a música da terra a esfriar, soma de muitas nostalgias e incertezas, misturava-se com essa luz que falava também de ti.
(Margem da Ausência, Urbano Tavares Rodrigues)
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